domingo, 27 de fevereiro de 2011 0 comentários

Desinteresse







Há certo momento da vida que desenvolvemos um desinteresse tamanho dentro de nós. Porquê eu generalizo? Eu e essa minha mania de rotular e generalizar tudo, mas queira ou não eu vejo isso acontecendo com muitas pessoas, perto ou longe de mim, de variadas formas e intensidades como são as cores do arco  íris. O que mais fode nessa vida é a aceitação, e acredito que por isso que muitas pessoas consigam se dar bem na vida sem fazer muito esforço, pelo simples fato de acreditarem, de não se limitarem, de não se conformarem. Nessa altura da vida eu já perdi a noção de certo ou errado, ainda está alguém chegar para mim e dizer que aquilo seja absolutamente correto ou absolutamente errado. O tempo é senhor de todas as respostas, podemos acreditar que ele emite sinais que acusam que certo evento te fortalece, ou certo evento te consome, mas agora chega de enrolação e vamos ao que realmente interessa. Eu tenho 21 anos e 5 meses nesse exato momento que estou escrevendo, e o que fiz esse tempo todo? Muita coisa: Muita coisa que eu queria fazer, muita coisa que eu não gostaria de fazer, muita coisa que eu acreditava que nunca seria capaz de fazer, muita coisa que eu mas nenhum acreditava que eu seria capaz de fazer. E o que me motivou a fazer isso? Curiosidade, talvez. Medo, talvez. Auto-satisfação, talvez. Não sei exatamente o sentimentou que sempre me motivou a fazer o que faço, mas acredito que todos nós temos uma genética que nos permite desenvolver uma série de especificidades para lidarmos com nossos desafios, nossas obrigações, nossos desejos, nossas curtições. Enfim, mas me parece que há algo fora de todos nós, algo sobrenatural que dá o veredito final para tudo aquilo que acontece na nossa vida, e ás vezes nos perguntamos:" Como consegui fazer isso?" ou "Como pude fazer isso?". Nesse momento a bendita voz diz "hahahahahaha". Ou então quando seu instito aponta que acertou na decisão essa voz diz algo do tipo "Está vendo? Eu sou foda". Eu estou falando à respeito de foco no que fazemos, nas prioridades que estabelecemos que muitas vezes fortalecem ou enfraquecem com o tempo, e até aquilo que consideramos de vital importância, inatingivel perante à lei de alguma maneira ainda é atingida por nossa metamorfose ambulante, por essa mudança interior fantástica que experimentamos. Curso Engenharia há 3 anos, mas me parece que tudo foi automático, tudo foi tão rápido. E surgem frases como : " O que se passou até eu chegar aqui?" ,"O que eu fiz para estar aqui?"," O que estou fazendo aqui?", " E depois daqui?". Durante algum tempo eu tenho essas reflexões, e não só sobre a Engenharia como outros elementos da minha vida como parentes, momentos importantes. É algo muito complexo. Até parece que esses estágios da nossa vida acontecem quando nossa mente não está querendo mais dar a devida importância ao assunto, e isso vai e vem, todos os dias eu me caso e me divorcio da vida, eu estabeleço e cancelo prioridades, não sei se isso acontece apenas comigo, se acontecer com outra pessoa também alguém me diga ou devo estar ficando louco. Ultimamente tenho perdido interesse do mundo material, cedo ou tarde esse desejo volta. Um mês atrás era um sonho para mim a renovação da bolsa, porque pensei naquilo que poderia comprar. Alguém chega pra mim e diz "Caio, tenho algo pra ti" Eu já sei que deve ser algum utensílio de baixo custo, e eu falo "tá bom" com um semblante nada interessado e acabo magoando quem está me dando um presente, e falo com sinceridade se hoje eu recebesse um Avião de presente da Infraero eu nem mesmo ia ligar pra agradecer. Estou num estado tal que só fico feliz se alguém disser " Caio, tudo bom? Eu deixei pra ti um vidro que contém imortalidade na forma de pó, vai lá pegar, mas não usa tudo não, ainda tem seu irmão". Não sei se para você, mas pra mim a vida tem sido algo bem complexo de entender, ser simples não é uma forma vantajosa de encarar algo tão complexo como a vida. Estou perto de realizar um passo importante no que quero atualmente, ganharei mais que um avião, mais que uma espaçonave cheias de barras de ouro que vai aterrisar num planeta cheia de alienígenas gostosas. Sou mesmo difícil de entender, tanto que nem eu mesmo me entendo. Sei agradecer pelas coisas boas, também sei reclamar pelas coisas ruins, entendo perfeitamente que muitos vivem uma vida miserável e até me sensibilizo, e sei que todas as pessoas tem direito de querer o melhor para si, mas muitos não entendem, a grande maioria dessas pessoas são falsas moralistas e sua frase habitual é a seguinte "Reclama da vida não, tem gente passando fome, tem gente cega, tem gente sem perna, deus vai te castigar". Engraçado que essas pessoas são as que mais reclamam da vida, se sentem no direito de julgar e nem ao menos tenta entender teus motivos e o que você quer na vida. E o que eu quero nesse exato momento ninguém pode tirar de mim a não ser eu mesmo. Foco total!
 
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